ADMINISTRAÇÃO RACIONAL DE RATHENAU

Rathenau era filho de família em boa situação financeira e social, realizou seus estudos na área de matemática e da física, graduando-se com 22 anos, mediante a apresentação da tese sobre a absorção da luz sobre os metais. Empregou-se a seguir numa empresa interessada no desenvolvimento de processos eletrolíticos, e dali em diante passou a exercer altos cargos administrativos em outras empresas.

Como administrador de empresas encontrou tempo para continuar seus trabalhos técnicos de pioneiro e inventor e para meditar sobre os princípios que guiaram suas idéias de construção de sistemas e de controle industrial.

Para Rathenau, a gerência das empresas deveriam ser entregues à pessoas técnicas e especializadas, e não à pessoas por razão de berço ou política. Isso o levou a idéia de necessidade de coordenação e coesão no mundo industrial.

Quando começou a guerra, Rathenau foi encarregado para organizar o suprimento de matérias primas para a máquina de guerra alemã.

A guerra fez com que ele voltasse sua visão para uma sociedade reconstruída em bases econômicas ordenadas e eficientes, resultando daí o livro "Dias do Futuro", em 1917, que vendeu 65 mil exemplares logo no primeiro ano e em 1918 publicou o livro "A Nova Economia", cuja a primeira edição de 30 mil cópias foi vendida em apenas um mês.

Em consequência desse papel de liderança foi convocado para assumir o ministério de reconstrução e posteriormente o das relações exteriores.

Suas idéias de eficiência industrial não repousavam apenas na utilização de métodos e processos e mecanismos da Administração Científica, mas também e principalmente na inspiração, alma e no espírito de todos os homens. Tal ideal se caracterizou em termos práticos, por sua pregação em prol da despersonalização da propriedade, isto é, não é o interesse dos donos que deve ser considerado, e sim o interesse nacional e comunitário. A empresa deve servir a esses nobres fins, e não existir para produzir lucros em benefício exclusivo de seus possuidores.

E para atingir essas metas, Rathenau recomendava um reorganização total da economia alemã, mediante a aplicação dos princípios da Administração Científica à todos os aspectos da estrutura industrial, sob o comando do Estado.

Foi outro movimento europeu incentivado pela administração científica, o conceito administração racional, parece ter surgido em consequência do movimento alemão, conhecido pelo nome de racionalização. que seria para exprimir os esforços para reorganizar a economia, devastada pela guerra (1914/1918).

A fundamentação doutrinária e as ações iniciais desse movimento alemão, apresentam como expoente a figura de Walter Rathenau (eis aí porque ele foi escolhido para simbolizar a nova concepção chamada racionalização).

Racionalização alemã, seria a aplicação do "taylorismo" no campo da economia, com adaptações necessárias à ecologia específica e a inclusão dos desenvolvimentos que a ciência de Taylor havia adquirido.

Na Alemanha, a racionalização visava o planejamento global da economia de toda a nação, em 1921 foi criado um órgão para comandar esse movimento que existe e atua até hoje (Instituto de Organização Racional do Trabalho da Alemanha).

Para alguns o sentido prático da racionalização, dizia a respeito à compreensão e a aplicação de todos os meios oferecidos pela ciência, pela tècnica, pela economia, pela organização, e por todos os ramos do trabalho humano, com o fim de aumentar a produtividade, o rendimento, a produção de bens e o bem estar geral, mediante a baixa dos preços e a melhor qualidade dos produtos.

Desde o seu aparecimento, a racionalização foi definida de várias maneiras por várias entidades internacionais.

Na Conferência Econômica Internacional", de 1927, em Genebra: métodos e técnicas e de organização destinados a assegurar o desperdício mínimo, de esforço e de material, que inclui a organização científica do trabalho, a padronização de material e dos produtos à simplificação dos processos e melhoramentos no sistema de transporte e mercado.

No Oficio Internacional do Trabalho em 1931: a substituição do processo tradicional, da rotina, do empirismo e da improvisação para um sistema científico, onde se adaptem os meios aos fins, de forma que o esforço produza o máximo de efeito útil.

O 6º Congresso de Ciências Administrativas, em 1936, em Varsóvia: racionalização significa a busca racional e sempre que possível baseada na experimentação científica do sistema de organização e do modo de funcionamento que permita um rendimento ótimo com um mínimo de esforço e de gastos.

Enfim, racionalização baseia-se na substituição das práticas rotineiras por meios e métodos fundamentados no raciocínio sistemático, a fim de aumentar a produtividade com menor gasto possível.

RESUMO

Para restaurar a economia alemã, estava desorganizado pela guerra, surgiu o movimento de que tomou nome da racionalização e deu origem ao conceito de administração científica.

A racionalização nada mais é do que a aplicação do "Taylorismo" no campo da economia, isto é, aplicação de todos os meios e métodos oferecidos pela ciência, pela técnica, e pela economia, pela organização e por todos os ramos do trabalho humno, com o fim de aumentar a produtividade, o rendimento, a produção de bens, e o bem estado geral, o mínimo de esforço de gasto possível.