Recursos Humanos


Ferramentas de RH

Chefia e Liderança

Estilos Clássicos de Liderança

 

Tipos de Liderança e Poder

Kurt Lewin

ESTRUTURA AUTOCRÁTICA

No ambiente autocrático, o líder, escolhido pelo grupo e designado para a chefia do grupo por alguma autoridade, atua como dirigente e toma decisões em nome do grupo. Não permite ao grupo participação alguma nas decisões.

O líder autoritário determina os programas do grupo, faz os planos mais importantes, só ele conhece a seqüência dos passos futuros nas atividades do grupo, só ele dita as atividades dos membros e o padrão de inter. - relações entre estes. E o encarregado de prêmios e castigos.

Esse tipo é muito comum de encontrar entre os sistemas militares, o industrial que afetuosamente fala de sua "família empresarial " , o diretor do colégio que destaca o "ambiente familiar " de sua instituição. A liderança paternalista aparece também quando qualquer pessoa tem ampla experiência, bem maior que a de seus liderados.

Esse tipo de líder não tem confiança em que as pessoas possam tomar decisões judiciosas, escolher os objetivos mais adequados, e poder vencer as dificuldades. Tende a produzir, depois de certo tempo, indivíduo imaturos.

Assim, essa classe de liderança tão comum em nosso país, na família, na escola, na empresa, torna o indivíduo inseguro.

A criança que nunca toma decisões, ficando tudo a cargo dos pais, mais tarde tem dificuldades para escolher o cônjuge. Aquele que deixa o chefe superior decidir por ele tem mais dificuldades para tomar decisões, o líder estudantil que nada resolve sem ouvir o diretor da escola.

 

ESTRUTURA PATERNALISTA

E um tipo de liderança autocrática, muito comum em governos, empresas e religião.

O líder é amável, paternal, cordial ante as necessidades do seu " rebanho " , mas sente que deve tomas as decisões mais importantes em nome do grupo e pelo bem do grupo. Esse tipo de liderança evita as discórdias e produz uma ação de grupo feliz e efetiva.

Um dos defeitos desse tipo de liderança é o crescimento e o desenvolvimento apenas dos líderes, que tem oportunidade de tomar decisões, cometer erros e aprender com a própria experiência.

Esse tipo de líder teme entregar seu cargo a outra pessoa porque nunca está seguro de que outro líder possa conduzir seu grupo com tanta dedicação, eficiência e proteção como ele. E muito trabalhador, exclusivista e perfeccionista. Em discussões, é comum ver esse tipo de líder dando conselhos paternais e expressando opiniões " de peso " e " palavras finais " , decisivas e importantes.

Conta com o respeito e estima do grupo e é considerado o " pai " .

A liderança paternalista é bem ( as cabeças mais velhas são as mais sábias).

 

ESTRUTURA PERMISSIVA (LAISSEZ - FAIRE)

A estrutura permissiva, denominada também " laissez - faire " , é o produto de uma sociedade em transição. No meio da insegurança de uma democracia em processo de evolução, acredita-se, não raro, que a melhor forma de dirigir é não dirigir em absoluto, deixando que os indivíduos maduros tenham uma completa liberdade, sem guia, e sem controle ou ajuda.

Na vida do grupo, esta forma de trabalho ou discussão totalmente incontrolada conduz freqüentemente a experiência insatisfatórias. Tendo em vista a natureza altamente individualista de nossa cultura, os membros de grupo raramente aprendem as habilidades de socialização, a tolerância para as diferenças individuais e o interesse para com o grupo. Habilidades que são indispensáveis para uma ação efetiva de grupo.

 

ESTRUTURA PARTICIPATIVA OU DEMOCRÁTICA

No grupo que atua por participação, os membros trabalham em conjunto para obter uma elevada coesão. No grupo que age por participação dá-se a máxima importância ao crescimento e desenvolvimento de todos os seus membros, nenhum deles é líder, pois a liderança está distribuída. O grupo trabalha segundo o princípio do consenso e trata de obter um elevado grau de relações interpessoais agradáveis para um a sólida base na resolução de problemas. Dentro da área em que o grupo pode atuar por participação, todos os objetivos e atividades são escolhidas pelo grupo, isto significa que, numa situação de grupo, a participação verbal de seus membros é bastante igual. A intimidação dos indivíduos reduz-se a um mínimo, mediante a informalidade do grupo.

No entanto, alguns dos pesquisadores tem observado que os operários podem opor-se à liderança democrática. Um pesquisador de nome " Bailey " descreve estudantes que aprenderam a depender passivamente do professor. As tentativas para ajudá-los a se tornarem mais responsáveis, através do exercício da participação na liderança, encontram resistência dos estudantes. Continuam a insistir que a tarefa do líder era desempenhar um papel ativo na direção. A liderança democrática, pode depois de certo tempo, ser preferida, mas as técnicas de comportamento democrático podem exigir um processo de aprendizagem e desenvolvimento.

Existem provas que indicam que as pessoas tendem a reagir muito favoravelmente a padrões de liderança autoritária, quando estão numa situação social ambígua e difícil. Nessas ocasiões, uma das funções do líder é liberar o indivíduo da responsabilidade de tomar decisões.